A estiagem que atinge Campos Novos, conhecido como o "Celeiro Catarinense", tem provocado impactos severos na agricultura local. De acordo com um relatório da Epagri e de órgãos municipais, as perdas financeiras já ultrapassam R$ 44,7 milhões. O documento, elaborado a pedido da prefeitura, servirá de base para a solicitação do Decreto de Situação de Emergência junto ao Governo do Estado.
O engenheiro agrônomo Ademilso Sitneski, da Epagri, informou que uma reunião realizada em 30 de janeiro reuniu o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR), representantes da administração municipal e a Defesa Civil. Durante o encontro, foi definida a necessidade de avaliar os danos causados pela estiagem, cujo período mais crítico ocorreu entre dezembro e janeiro.
A elaboração do levantamento contou com a participação da Epagri, CMDR, Secretaria Municipal de Agricultura, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, cooperativas, CIDASC e SAMAE. O estudo apontou que aproximadamente 1.100 famílias foram atingidas pela seca, abrangendo cerca de 70% da área total do município. Entre as principais culturas prejudicadas estão a soja, o milho, o milho para silagem e a pecuária leiteira.
Segundo Sitneski, a estimativa das perdas chega a R$ 44,7 milhões. "Os prejuízos foram expressivos, e nossa expectativa é de que o laudo e o Decreto de Emergência sejam oficializados para viabilizar o acesso dos agricultores a políticas públicas que minimizem os impactos da estiagem", ressaltou.
Além dos danos agrícolas, a escassez hídrica também afetou o abastecimento. A SAMAE forneceu água para aproximadamente 40 famílias para consumo humano, enquanto a Secretaria de Agricultura e Obras auxiliou cerca de 50 famílias na dessedentação animal.
O relatório foi encaminhado à Defesa Civil e à Secretaria da Agricultura no dia 3 de fevereiro e está sob análise da prefeitura. A expectativa é de que, com a publicação do Decreto de Emergência, medidas sejam implementadas para amenizar os prejuízos causados pela seca.
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