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Sabado, 21 de Setembro de 2024

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Quem são os influencers alvos de ação em SC suspeitos de levar vida de luxo com rifas ilegais

Operação da Polícia Civil do Paraná teve mandados de busca e apreensão em Itapema e Balneário Camboriú nesta terça-feira (20).

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Nélio Dgrazi, de Belo Horizonte (MG), e Matheus Sales, de Rio Branco do Sul (PR), são os dois influenciadores digitais alvos de uma operação da Polícia Civil do Paraná que investiga a promoção de rifas ilegais de veículos e dinheiro. Em Santa Catarina, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Itapema e Balneário Camboriú, no Litoral Norte, na terça-feira (20). As informações são do g1. 

Nas redes sociais, os suspeitos compartilham a vida de luxo aos milhares de seguidores, com carros caros, viagens internacionais e celulares banhados a ouro. A reportagem tenta contato com a defesa dos investigados, mas até a publicação da reportagem, não obteve retorno. 

Celular avaliado em R$ 42 mil 

Nélio Dgrazi tem mais de 1,3 milhão de seguidores nas redes sociais e compartilha conteúdos relacionados a manobras feitas com veículos de luxo. Através de vídeos, o influencer aparece dirigindo por várias cidades do Brasil.  

 

 

Nas redes, ele também ostenta um celular banhado a ouro que, segundo a Polícia Civil, é avaliado em cerca de R$ 42 mil. O aparelho é um iPhone 12 Pro Max, com a assinatura da Rolex, marca de relógios de luxo. 

Além do smartphone, foram apreendidos o passaporte dele, carros de alto padrão, um computador, uma máquina de contar cédulas, cartões e documentos durante a operação.

 

 

“Nunca foi sorte, sempre foi Deus” 

Natural do Paraná, Matheus Sales acumula várias postagens sobre rifas de carros de luxo, motocicletas e caminhões. No perfil das rede sociais, onde ele acumula mais de 480 mil seguidores, tem como descrição a frase: “Nunca foi sorte, sempre foi Deus”. 

Uma das postagens mostra o suposto recebimento de um automóvel por uma família de Rio Branco do Sul. Conforme as investigações, alguns veículos até chegaram a ser entregues, mas outros ficavam com os próprios influenciadores.

— Alguns veículos eles realmente entregavam, realmente entregaram, mas outros não, faziam rodízio entre eles. Então digamos uma BMW era daqui de BH, passava por uma rifa aqui, o ganhador na maioria das vezes era um outro influencer de outro estado que pegava esse mesmo veiculo e fazia outra rifa lá. E assim era o modos operandi deles — disse Cézar Giovane Ferreira da Silva, agente de Polícia Judicial.

Operação contra rifas ilegais 

Os dois influenciadores são investigados por promoção ilegal de rifas, lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime contra a economia popular. A operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) nesta terça-feira. 

Segundo o Ministério da Fazenda, a promoção de rifas só é permitida no Brasil para entidades beneficentes, desde que autorizada e regulamentada pela Secretaria de Prêmios e Apostas.

— Acontece que nos sorteios regulares, baseados na loteria federal, são utilizadas somente 5 dezenas, em composições que variam de 01 a 100.000. Há fortes indícios de que tais sorteios sejam fraudados para que os valores nunca saiam de dentro do grupo criminoso — explicou o delegado Gabriel Fontana, da PCPR.

A Justiça também autorizou o bloqueio de aproximadamente R$ 25 milhões na conta dos investigados e o sequestro de sete veículos de luxo em nome deles.

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