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Domingo, 24 de Novembro de 2024

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Manifestantes dificultam obras do Inter 2 em Curitiba; ONG pede suspensão na Justiça

Prefeitura de Curitiba diz que não há qualquer impedimento legal para a realização da obra e que faz a compensação ambiental com o plantio de mudas.

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Manifestantes dificultam obras do Inter 2 em Curitiba; ONG pede suspensão na Justiça
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Uma nova manifestação do movimento SOS Arthur Bernardes atrapalha o andamento das obras do Inter 2, que tem como base melhorias na mobilidade social, nesta segunda-feira (11), em Curitiba. Uma das protestantes quase foi atropelada por um dos veículos das obras e o coordenador das obras pediu auxílio da Prefeitura para controlar a situação.

O movimento tem apoio da organização não-governamental (ONG) Observatório de Justiça e Conservação, que entrou na Justiça com um pedido de suspensão das obras, de acordo com a manifestante Veronica Rodrigues.

“Estamos exercendo nosso direito de questionar a obra porque ela é ilegal. Estamos com o Observatório de Justiça e Conservação, que entrou com uma ação civil pública pedindo liminar para suspender a obra. Esperamos que a Justiça faça sua parte e suspenda a obra para que a gente possa sair daqui. Todo mundo aqui tem o que fazer, diferente do que a senhora que acabou de gritar de desocupados aqui”, conta ela.

Após protestos no fim de semana, os manifestantes seguem apontando a falta de diálogo da prefeitura a população sobre o projeto. São previstos cortes de 642 árvores, além da canalização do córrego da Vila Izabel e a diminuição do solo permeável.

“Existe uma legislação que diz obras acima de R$ 150 milhões, a prefeitura obrigatoriamente deve promover audiências públicas para que seja debatida com os afetados pela obra. A prefeitura não fez essas audiências. Uma obra que vai impactar milhares de pessoas em 28 bairros de Curitiba, com um impacto social e ambiental gigantesco”, diz ela.

Segundo a manifestante, a obra é hipócrita porque se diz sustentável mesmo prevendo o corte de 642 árvores, além da canalização do córrego da Vila Izabel e a diminuição do solo permeável.

“Corredores verdes estão sendo produzidos em várias partes do mundo como uma ferramenta para conter o aquecimento global. Aqui temos um pronto e a prefeitura quer destruir com a justificativa de que quer melhorar a mobilidade urbana. Como pode ser sustentável uma obra que derruba tantas árvores, impermeabiliza tanto o solo e sem ouvir a população?”, questiona.

Prefeitura de Curitiba reforça legalidade das obras e aponta que foram feitas consultas públicas

Em nota, a Prefeitura de Curitiba diz que não há qualquer impedimento legal para a realização da obra.

A administração municipal aponta que “sempre esteve disponível para os esclarecimentos que se façam necessários a qualquer cidadão”, respondendo dúvidas “por meio de protocolos da sociedade organizada, Câmara de Vereadores e órgãos de controle”.

Além disso, prefeitura de Curitiba ainda argumenta que o projeto teve a realização de consultas públicas presenciais, o que é exigido pela legislação ambiental para esse tipo de obra.

“Foram realizadas quatro consultas presenciais em 2019, em pontos distintos da cidade. Em 2022, uma consulta online teve a participação de moradores de diferentes regiões. Também foram realizadas reuniões públicas específicas, uma sobre os impactos sociais e ambientais, em 2023, e outra sobre a rotina da obra e os benefícios do projeto, em maio de 2024. Toda a documentação técnica pertinente ao projeto está disponível no site da UTAG“, alega.

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Movimento SOS Arthur Bernardes questiona legalidade da obra. (Foto: Djalma Malaquias/Banda B)

Além disso, a prefeitura ainda diz que está agendando uma reunião com o movimento SOS Arthur Bernardes.

“O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), financiador do Projeto Inter 2, também está atento aos questionamentos do movimento SOS Arthur Bernardes e intermedia o diálogo entre as partes envolvidas. Para tanto, em breve deve reagendar a reunião solicitada pelo movimento”, diz a nota.

Árvores já foram preservadas no Lote 1 do projeto, diz prefeitura de Curitiba

Sobre a questão ambiental, a prefeitura de Curitiba ainda afirma que “entende e respeita a preocupação da sociedade” em relação às questões climáticas. Além disso, ainda afirma que 195 árvores que estavam previstas para serem cortadas serão preservadas.

“Durante o processo de execução das obras as equipes técnicas estão imbuídas em promover ajustes de forma a tentar viabilizar a preservação de árvores. Como resultado, até o momento, somente no lote 1 do Projeto Novo Inter 2, área que compreende os bairros Santa Quitéria, Seminário, Vila Izabel e Portão, 195 árvores inicialmente afetadas pelo projeto serão preservadas”, diz.

Além disso, a prefeitura aponta que a compensação ambiental prevista para a execução das obras já realizou o plantio de 1.454 mudas na região, sendo 495 na Vila Izabel, 25 no Santa Quitéria, 195 no Seminário e 740 no Portão. No total, 5 mil novas mudas estão previstas.

FONTE/CRÉDITOS: Portal B
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