A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro, cumpriu na manhã desta segunda-feira (4) 14 mandados de busca e apreensão na região da Grande Florianópolis.
Os alvos da operação são pessoas envolvidas na criação de diversas pessoas jurídicas para a lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho. Essas empresas exploravam a atividade de máquinas "grua" para a captura de bichos de pelúcia.
Peritos da Polícia Científica identificaram que as máquinas eram previamente adulteradas para não liberarem os prêmios, além de estarem pirateadas. As empresas estavam estabelecidas principalmente em shoppings centers e supermercados, locais de grande circulação de pessoas, especialmente crianças.
A investigação revelou que o grupo instalava em cada equipamento um contador de jogadas, que interferia na corrente elétrica que alimentava a garra para pegar as pelúcias, que também eram falsificadas. Os clientes, em sua maioria crianças, eram levados a acreditar que poderiam controlar a operação.
De acordo com as investigações, somente após um número determinado de créditos o grampo liberava a potência necessária para a garra pegar um brinquedo. Na maioria das tentativas, os jogadores perdiam dinheiro, pois a máquina não tinha força suficiente para capturar o prêmio.
Os crimes investigados incluem violações contra a economia popular, relações de consumo e contrafação, com a participação do jogo do bicho nas atividades, já que um dos alvos havia sido investigado anteriormente por práticas de jogo de azar.
Até o momento, foram apreendidas, além das máquinas e das pelúcias, celulares, computadores e documentos. A investigação também busca identificar eventuais práticas de lavagem de dinheiro.
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