A Polícia Civil investiga se havia irregularidades no funcionamento do clube de tiro de onde partiu o disparo que atingiu uma criança de 4 anos de raspão na cabeça em Herval d'Oeste, no Oeste de Santa Catarina. O menino foi levado ao hospital com ferimento superficial e passa bem.
Conforme o delegado Leandro Sales, o proprietário do estabelecimento relatou que não estava no local no momento da ocorrência, no domingo (13), e clientes estavam usando o espaço sem supervisão profissional.
A investigação busca identificar quem estava no estande no momento da ocorrência, segundo o delegado, e se era comum clientes entrarem e praticarem tiro sem serem supervisionados.
"O exército já fez uma vistoria no local, uma primeira perícia foi realizada. Vamos reunir as informações e encaminhar para a PF verificar se há irregularidades, inclusive na questão da falta de responsável no local", afirmou.
Conforme o investigador, não há uma norma expressa no estatuto do desarmamento sobre a necessidade de supervisores estarem junto aos praticantes. "Mas, como responsável pelo estabelecimento, pode responder civil e administrativamente pelos danos causados pela atividade desenvolvidas no local".
A situação deve ser noticiada à Polícia Federal ainda nesta semana, informou Sales na noite de quinta-feira (17). O clube de tiro não se pronunciou oficialmente, mas respondeu ao g1 que aguarda a conclusão das apurações e acredita que o tiro não partiu do estabelecimento.
Em uma rede social, o perfil do estabelecimento cita cursos e assessoramento em armamentos como serviços ofertados.
Boletim de ocorrência
Conforme a delegacia da cidade, a situação aconteceu quando o menino brincava em um sítio na Linha Canhada Funda, interior de Herval d'Oeste, próximo ao acesso da BR-282. Ao ouvir o barulho do tiro, o pai foi ao encontro da criança e a viu ferida.
O homem fez um boletim de ocorrência e relatou que já havia conversado com o dono do clube de tiro sobre a preocupação com a segurança do local, que fica a 200 metros de onde a criança estava, mas não teve sucesso.
O projétil que teria atingido a cabeça da criança foi recolhido pela PM e encaminhado para a delegacia, segundo o delegado Fernando Sales. A vítima foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com uma escoriação de 0,5 centímetros na cabeça. A Polícia Civil informou que a criança está bem.
Em nota, a delegacia afirmou que já ouviu o pai da vítima e busca agora por testemunhas. Uma perícia no local também foi feita na terça para determinar a trajetória do projétil e identificar de onde partiu o disparo.
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