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Terça-feira, 22 de Outubro de 2024

Policial

Bebê retirada de velório em SC não apresentou sinais vitais reais, aponta perícia

Bombeiros haviam encaminhado a bebê até o hospital após detectar os batimentos cardíacos durante cerimônia

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Por Web Rádio Cidade
Bebê retirada de velório em SC não apresentou sinais vitais reais, aponta perícia
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Um laudo divulgado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) afirma que a bebê de oito meses, atendida pelo Corpo de Bombeiros no velório por suspeita de estar viva, não apresentou sinais vitais na cerimônia. O caso aconteceu em Correia Pinto, na Serra, neste sábado (19). O MP investiga se houve negligência médica no atendimento à vítima. As informações são do g1 SC.

Durante o velório, familiares perceberam que a temperatura corporal da menina se mantinha e pediram ajuda. Os agentes funerários afirmam que ela mexeu a mão durante a cerimônia, enquanto os bombeiros no atendimento informaram que a menina tinha os batimentos fracos.

A corporação fez um teste nas pernas da bebê, que não apresentavam rigidez. No entanto, ela tinha pupilas contraídas e não reagentes, e edemas no pescoço e atrás das orelhas.

Laudo divulgado pelo MPSC

O documento divulgado nesta segunda (21) pelo MPSC descarta a possibilidade de a criança ter sinais vitais reais na cerimônia, sendo válida a declaração de óbito emitida pelo hospital por volta das 3h de sábado.

“O documento é sigiloso por se tratar de uma criança, mas o médico legista aponta diversas razões possíveis para a percepção de calor e leituras de pulso e saturação no oxímetro durante o velório”, disse o MP.

O MPSC agora aguarda o resultado de um novo exame para constatar a causa da morte e se houve negligência no primeiro atendimento médico. O documento deve ser divulgado em 30 dias.

Relembre o caso

Os bombeiros militares foram acionados no sábado, por volta das 19h, durante o velório. Ao chegar, um farmacêutico estava no local usando um oxímetro pediátrico, em busca de sinais de saturação de oxigênio e frequência cardíaca.

A equipe também examinou a criança e notou os batimentos cardíacos fracos. Além disso, o CBMSC realizou outros testes na criança. Ela foi levada ao hospital. onde foi declarada morta.

Segundo os bombeiros, ao chegar ao local, foram realizados novos testes de oxigênio e frequência cardíaca, que resultaram em saturação de oxigênio de 84% e 71 batimentos por minuto. No hospital, foi realizado exame de eletrocardiograma que não revelou nenhum sinal elétrico.

O pai disse às autoridades que a criança não se sentia bem na noite de quinta-feira (17) e foi levada ao hospital. O médico disse que era uma virose, receitou um soro, prescreveu um remédio e deu alta. Ela passou mal novamente no sábado, foi levada ao hospital e declarada morta pelo mesmo médico.

O médico contou à família que a causa da morte foi asfixia por vômito. No entanto, a certidão de óbito menciona desidratação e infecção bacteriana intestinal. A jovem foi atendida na Fundação Hospital Faustino Riscarolli, de responsabilidade do município.

— A gente já estava, digamos que, bastante transtornado. Aí surgiu um pouquinho de esperança ali e acabou acontecendo tudo isso — disse Cristiano Santos, pai da menina, em entrevista ao g1.

O que diz a prefeitura de Correia Pinto

Leia a nota da prefeitura de Correia Pinto na íntegra:

“A Prefeitura de Correia Pinto, por meio da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, se solidariza com a família de Kiara Cristayne de Moura dos Santos neste momento de dor e esclarece que a paciente deu entrada no hospital por volta das 3 horas do dia 19 de outubro de 2024. O atendimento foi realizado pela equipe plantonista, que constatou o óbito da chança.

Mais tarde no mesmo dia, por volta das 19 horas, a criança foi novamente trazida ao hospital pelo Corpo de Bombeiros Municipal, com relato de sinais de saturação. A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito.

Diante dessa situação, a Diretora Geral da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli prontamente acionou o Instituto Geral de Pericias (ICP), que realizará a análise e emitira o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias.

A Prefeitura de Correia Pinto reitera o seu compromisso em proporcionar o melhor atendimento para todos os cidadãos, e reforça que, em nenhuma circunstância, qualquer profissional pode emitir atestados ou declarações sem a devida constatação das condições do paciente. Além disso, todos os profissionais de saúde são constantemente orientados e treinados, garantindo que a vida e o bem-estar das pessoas sejam sempre a prioridade.”

 

FONTE/CRÉDITOS: NSC
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