Web Radio Cidade

Terça-feira, 26 de Novembro de 2024

Policial

Bebê retirada de velório em SC não apresentou sinais vitais reais, aponta perícia

Bombeiros haviam encaminhado a bebê até o hospital após detectar os batimentos cardíacos durante cerimônia

Web Rádio Cidade
Por Web Rádio Cidade
Bebê retirada de velório em SC não apresentou sinais vitais reais, aponta perícia
IMPRIMIR
Espaço utilizado para comunicação de erro nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

Um laudo divulgado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) afirma que a bebê de oito meses, atendida pelo Corpo de Bombeiros no velório por suspeita de estar viva, não apresentou sinais vitais na cerimônia. O caso aconteceu em Correia Pinto, na Serra, neste sábado (19). O MP investiga se houve negligência médica no atendimento à vítima. As informações são do g1 SC.

Durante o velório, familiares perceberam que a temperatura corporal da menina se mantinha e pediram ajuda. Os agentes funerários afirmam que ela mexeu a mão durante a cerimônia, enquanto os bombeiros no atendimento informaram que a menina tinha os batimentos fracos.

A corporação fez um teste nas pernas da bebê, que não apresentavam rigidez. No entanto, ela tinha pupilas contraídas e não reagentes, e edemas no pescoço e atrás das orelhas.

Laudo divulgado pelo MPSC

O documento divulgado nesta segunda (21) pelo MPSC descarta a possibilidade de a criança ter sinais vitais reais na cerimônia, sendo válida a declaração de óbito emitida pelo hospital por volta das 3h de sábado.

“O documento é sigiloso por se tratar de uma criança, mas o médico legista aponta diversas razões possíveis para a percepção de calor e leituras de pulso e saturação no oxímetro durante o velório”, disse o MP.

O MPSC agora aguarda o resultado de um novo exame para constatar a causa da morte e se houve negligência no primeiro atendimento médico. O documento deve ser divulgado em 30 dias.

Relembre o caso

Os bombeiros militares foram acionados no sábado, por volta das 19h, durante o velório. Ao chegar, um farmacêutico estava no local usando um oxímetro pediátrico, em busca de sinais de saturação de oxigênio e frequência cardíaca.

A equipe também examinou a criança e notou os batimentos cardíacos fracos. Além disso, o CBMSC realizou outros testes na criança. Ela foi levada ao hospital. onde foi declarada morta.

Segundo os bombeiros, ao chegar ao local, foram realizados novos testes de oxigênio e frequência cardíaca, que resultaram em saturação de oxigênio de 84% e 71 batimentos por minuto. No hospital, foi realizado exame de eletrocardiograma que não revelou nenhum sinal elétrico.

O pai disse às autoridades que a criança não se sentia bem na noite de quinta-feira (17) e foi levada ao hospital. O médico disse que era uma virose, receitou um soro, prescreveu um remédio e deu alta. Ela passou mal novamente no sábado, foi levada ao hospital e declarada morta pelo mesmo médico.

O médico contou à família que a causa da morte foi asfixia por vômito. No entanto, a certidão de óbito menciona desidratação e infecção bacteriana intestinal. A jovem foi atendida na Fundação Hospital Faustino Riscarolli, de responsabilidade do município.

— A gente já estava, digamos que, bastante transtornado. Aí surgiu um pouquinho de esperança ali e acabou acontecendo tudo isso — disse Cristiano Santos, pai da menina, em entrevista ao g1.

O que diz a prefeitura de Correia Pinto

Leia a nota da prefeitura de Correia Pinto na íntegra:

“A Prefeitura de Correia Pinto, por meio da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, se solidariza com a família de Kiara Cristayne de Moura dos Santos neste momento de dor e esclarece que a paciente deu entrada no hospital por volta das 3 horas do dia 19 de outubro de 2024. O atendimento foi realizado pela equipe plantonista, que constatou o óbito da chança.

Mais tarde no mesmo dia, por volta das 19 horas, a criança foi novamente trazida ao hospital pelo Corpo de Bombeiros Municipal, com relato de sinais de saturação. A equipe médica, mais uma vez atendeu a criança, e foi constatado o óbito.

Diante dessa situação, a Diretora Geral da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli prontamente acionou o Instituto Geral de Pericias (ICP), que realizará a análise e emitira o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias.

A Prefeitura de Correia Pinto reitera o seu compromisso em proporcionar o melhor atendimento para todos os cidadãos, e reforça que, em nenhuma circunstância, qualquer profissional pode emitir atestados ou declarações sem a devida constatação das condições do paciente. Além disso, todos os profissionais de saúde são constantemente orientados e treinados, garantindo que a vida e o bem-estar das pessoas sejam sempre a prioridade.”

 

FONTE/CRÉDITOS: NSC
Comentários:
Web Rádio Cidade

Publicado por:

Web Rádio Cidade