O avião de pequeno porte que saiu de Florianópolis e caiu no interior de São Paulo na noite de quarta-feira (23), durante uma tempestade, tinha cinco ocupantes. Ninguém sobreviveu. A informação foi confirmada ao g1 pela empresa responsável pela aeronave, pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil de São Paulo na manhã desta quinta-feira (24).
De acordo com a empresa de táxi aéreo responsável pelo avião, a Abaeté Aviação, ele era ocupado por cinco pessoas, todas colaboradoras da empresa: comandante, piloto, médica, enfermeiro e mecânico. Trata-se de um voo de traslado que retornava da capital catarinense em direção a Belo Horizonte (MG). A identidade das vítimas não foi divulgada.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o local ficará isolado até a chegada de agentes da Polícia Técnica Científica e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que ficam responsáveis pela retirada dos corpos. Depois da retirada, os corpos serão encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML).
Queda do avião
Segundo Aeroporto Interancional de Florianópolis, o voo decolou às 16h58min em direção ao Aeroporto da Pampulha, na capital mineira. O avião bateu em um morro e caiu em uma área de mata em Santa Branca, no interior de São Paulo, no final da tarde de quarta-feira (23), durante uma tempestade. O avião foi localizado pelas equipes de resgate durante a noite, de acordo com o g1.
Segundo consta no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave tem autorização para operar como táxi aéreo e pertence à empresa Ata Aerotaxi Abaete LTDA, com sede em Salvador (BA). O avião é um Embraer-121 Xingu, um bimotor turbohélice com capacidade para transportar oito pessoas (seis passageiros), de fabricação da Embraer.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave sumiu dos radares de monitoramento às 18h39min. Perto das 23h, os bombeiros informaram que equipes de resgate chegaram ao local onde o avião caiu e encontraram os destroços. Até a 1h, não haviam sido identificados sinais de sobreviventes.
“As condições adversas, como a forte chuva, a baixa visibilidade e o estado de destruição da aeronave, têm dificultado a localização das vítimas”, informou o Corpo de Bombeiros local, em nota.
Segundo os registros, a documentação da aeronave estava regular. A Certidão de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) do avião venceria em 25 de junho do ano que vem e a situação de aeronavegabilidade era considerada “normal”.
A aeronave caiu em uma área de mata em uma região de difícil acesso, perto do limite de Paraibuna e Santa Branca, municípios a cerca de 100 quilômetros da capital paulista. Moradores da região relataram um ruído que identificaram como uma falha num motor. Logo em seguida, um estrondo de explosão.
Segundo o Corpo de Bombeiros, chovia no momento do acidente. As causas do acidente e a identidade dos ocupantes ainda serão apuradas.
Os trabalhos são coordenados pelo Salvaero, centro responsável pelas operações de buscas e salvamento da FAB. Equipes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar também trabalham na operação.
Por meio de nota, a FAB informou que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV) foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-MBU, entre os municípios de Paraibuna e Santa Branca (SP). A investigação ainda está em fase inicial, para descobrir as causas do acidente.
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