A equipe de jornalismo da Web Rádio Cidade conversou com o secretário de Transportes, Obras e Urbanismo, Aldocir Michelotto, sobre as obras emergenciais que estão sendo realizadas na região do Centro II. A iniciativa busca solucionar os graves problemas de alagamento que têm impactado as moradias e a população local.
De acordo com Michelotto, as fortes chuvas registradas entre domingo e segunda-feira provocaram transtornos significativos para os moradores da área, que é considerada uma das regiões mais baixas da cidade. A água da chuva, proveniente de um terreno de 36 hectares, se acumulou devido à insuficiência do sistema de drenagem atual, agravada pelo crescimento urbano desordenado e a impermeabilização do solo.
“Olá, ouvintes da Rádio Web. É um prazer estar aqui falando com vocês sobre algumas ações da Secretaria de Obras. No dia de domingo para segunda, tivemos fortes chuvas na região do Centro II, que acabaram alagando muitas moradias e causando um grande transtorno para a nossa comunidade.”, destacou o secretário.
Para resolver o problema, foi tomada a decisão, em reunião com o prefeito municipal, vereadores, moradores e engenheiros, de realizar uma intervenção emergencial na Avenida Caetano Bellincanta. A obra envolve a abertura de um canal de 4 metros de profundidade no riacho que deságua no Rio Ibicuí, além da implantação de uma nova tubulação de escoamento de água da chuva.
“Decidimos cortar a Avenida Belim-Cantaneto ao meio para construir uma nova galeria. Os engenheiros da prefeitura, em conjunto com os da AMPLASC, já estão trabalhando no projeto para que possamos licitar a obra de maneira emergencial. Acreditamos que essa medida vá solucionar o problema imediato e minimizar os impactos de futuras chuvas torrenciais.”
Michelotto explicou que a tubulação atual, composta por duas galerias de apenas 1 metro de diâmetro, é insuficiente para suportar o volume de água das chuvas, o que faz com que as bocas de lobo transbordem, inundando ruas e casas.
Apesar do impacto temporário da obra, que deixará a Avenida parcialmente interditada por 90 dias, o secretário acredita que a intervenção é essencial para evitar novos alagamentos. Ele ressaltou, no entanto, que chuvas muito intensas podem continuar trazendo desafios:
“Com a natureza, ninguém brinca. Se for uma chuva de 70 ou 80 milímetros em poucos instantes, não há sistema que vença. Mas algo precisava ser feito, e essa foi a decisão tomada em conjunto na reunião.”
A população local aguarda com expectativa a conclusão das obras, que prometem trazer alívio para uma região historicamente afetada por alagamentos em períodos de chuvas intensas.
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