Nem o verão nem a alta temporada turística iniciaram ainda, mas o número de afogamentos registrados em Santa Catarina em outubro já é 50% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado. Foram 80 casos registrados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) desde o dia 1º, conforme dados repassados nesta segunda-feira (21).
No ano passado, foram 53 casos registrados em outubro. O recorde dos últimos cinco anos, no entanto, foi em 2020. Segundo o CBMSC, foram 121 casos, o que, de acordo com a corporação, pode ter relação com a pandemia, que na época fez mais pessoas irem à praia, já que locais fechados ainda eram evitados.
O aumento de casos de afogamento em outubro deste ano também pode ter relação com o menor volume de chuvas em 2024, em relação a 2023. Segundo a Epagri/Ciram, os totais de chuva em outubro de 2023 passaram dos 400 milímetros em boa parte do Estado, três vezes mais que a média histórica do mês.
Este ano, a Epagri/Ciram ainda não divulgou os totais de chuva do mês no Estado, mas a previsão para outubro era de chuvas entre 140 e 180 milímetros na maior parte do território catarinense, exceto no Oeste e Meio Oeste, onde a previsão era entre 210 e 280 milímetros.
Afogamentos em outubro nos últimos cinco anos
- 2020: 121
- 2021: 43
- 2022: 47
- 2023: 53
- 2024: 80
Número de casos em SC acendem alerta
Afogamentos recentes no Estado, antes mesmo da alta temporada de verão (quando mais pessoas vão à praia), acendem um alerta para os bombeiros, que orientam ao cuidado especialmente com crianças e adolescentes.
Nesta segunda-feira (21), uma adolescente de 12 anos se afogou na praia dos Ingleses, no Norte da Ilha. Ela foi socorrida pelos bombeiros de Florianópolis. A vítima brincava com uma prancha quando se soltou e se afogou.
Ela foi resgatada em afogamento grau 2, quando há tosse, pouca espuma na boca e no nariz. A adolescente foi atendida e levada pelo helicóptero Arcanjo 01 ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, no bairro Agronômica.
A pré-temporada da Operação Veraneio deve iniciar apenas no dia 2 de novembro, segundo o CBMSC.
Orientações e cuidados
- Supervisão constante: Crianças devem estar sempre acompanhadas por um adulto responsável ao redor de piscinas e outras áreas aquáticas. Mesmo na presença de guarda-vidas, a atenção não pode ser negligenciada.
- Barreiras físicas: É recomendado que piscinas tenham barreiras físicas, como cercas com portões trancados, para evitar acesso não supervisionado.
- Precauções adicionais: Em locais como clubes, hotéis e pousadas, certifique-se de que há presença de guarda-vidas. Tenha um telefone carregado e com sinal disponível para emergências.
- Ambiente doméstico seguro: Mantenha portas de áreas de serviço e banheiros sempre fechadas, e recipientes como baldes e bacias virados para baixo para evitar acidentes, já que mesmo com pouca água, dependendo do tamanho da criança, isso apresenta riscos.
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